Sobre Paixões e Sabotagens
Descobri uma coisa hoje sobre paixões. (Mentira isso, eu já sabia!) Se não for instantânea, fatal, toda paixão é forjada. Se não for naquele primeiro olhar, quando a boca vira areia, o coração fibrila, as pernas imitam Parkinson e todos os líquidos do corpo escorrem pelas palmas das mãos... se não for assim, é falso! Mero desvio mental, consciente até certo ponto, ponto de partida para a ruína programada. Pode não parecer, mas este texto é uma apologia à paixonite. Nada do que eu falei até aqui é pejorativo ou inverídico. Como pode? Assim, deixem explicar. Podemos nos apaixonar com o tempo, pela convivência, por afinidades, por sabermos que a outra parte sente algo por nós, por tesão. Sim, tudo isso é motivo, gatilho para a paixão entre dois seres pensantes – que, naquele momento ou em vários, não estão tão pensantemente operantes quanto pensam. Isso é ruim, essa autoindulgência passional? Não! É ótima! Deixa a gente sorrindo feito bobo, derramando café fora da xícara, f