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Mostrando postagens de julho, 2014

Dormência

Não escuto, não vejo, não sinto...? Me dei conta agora mesmo... faz tanto tempo que não ouço música. Nenhuma de minhas favoritas. Nenhuma das outras. Música nenhuma. Um espaço vazio e silencioso aqui debaixo da pele. Um quase buraco negro, uma anã marrom... pesada, fria, invisível. Invisibilidade é o que me causa a falta de música. Porque a sonoridade, mesmo não sendo a minha arte, me acompanha na intenção artística. Em língua de gente, eu crio com música, eu me sinto bem com música. A pergunta é, porque então faz tanto tempo que estou em silêncio? Eu sei a resposta. A resposta vai e volta. Chega, se assenta e amortece o meu entorno. Ocupa o lugar da música, da arte... ocupa todos os espaços, se esparrama e me ocupa os sentidos. Aí, de repente, surta, se estressa, some. E quando a resposta vai embora, a música volta. E com a música, volta a criação, a criatividade, a sensação de reencontro com algo que estava aqui, mas estava perdido. Tantas vezes esse vai e volta, tan

Déjà Vu

Vou usar desse espaço para tocar no assunto que pretendo, pois é opinião minha, minha história refletida. E esse blog é um espaço meu... talvez, o único. Faço parte de uma comunidade do Facebook que se intitula, sem dar nomes, de "ajuda" a escritores. Acabei de ver, nesse grupo de mais de 8 mil membros, uma rigorosa atrocidade. Uma garota de 11 anos postou, inocentemente, a sinopse de sua primeira história. Nada infantil, nada aleatória, como se poderia esperar. Ao contrário, pareceu (a mim) de muita confiança e estímulo. Pois bem, ela pediu opiniões sobre a sinopse. Ao longo de 30 comentários (até o momento que escrevo), uma enxurrada de críticas e generalizações que inibiriam até um literato de renome e anos de trajetória. Quase nada de construtivo foi dito, tirando uns poucos posts, apenas pontos ruins foram levantados (e inventados!) pelos comentaristas.  Mesmo depois que ela disse a idade, em vez de incentivo, recebeu piadas e pitacos obtusos de vários por l