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Mostrando postagens de agosto, 2017

Carta ao Cosmo

Desde muito jovem, eu acalento um sonho no fundo da mente. Não sei se tive esse sonho ou se foi ele quem me teve. Só sei que uma das lembranças mais antigas que tenho de mim mesma é uma criança colando recortes em uma folha de almaço e “criando” um jornal. Um pouco mais tarde, depois que aprendi a ler, meus momentos favoritos eram as horas em que ouvia e copiava histórias lidas por minha avó, pequenos contos de uma cartilha pré-escolar. Ela lia, eu escrevia. Já um tanto mais velha, os livros passaram a oferecer uma espécie de fuga da realidade. Eram romances românticos, impróprios mesmo para minha pouca idade. Ainda assim, estavam ali pela casa e eu os lia. Quanto à necessidade de fuga, a palavra atual é mais bonita do que a explicação. Bullying. A fase crítica da adolescência foi marcada por desastres sociais, introspecção e pelas revistas periódicas do Círculo do Livro. Foi assim que o primeiro romance de fantasia caiu em minhas mãos. Ainda tenho na estante os quatro exemplare