Simulacro e estereótipo das relações
Da série Análises da Busca - Teoria da Solidão Crônica 2 Mesmo quando renegamos nossa original necessidade de grupo, mesmo quando nos julgamos independentes e autossuficientes perante o mundo em que vivemos, mesmo que nossas conquistas e posição social nos pareçam capazes de suprir qualquer necessidade de contato, pecamos pela busca por aprovação. Quem nos aprova, nos endossa, são os outros, a sociedade ao nosso redor. Nutrimos, mesmo que veladamente, a obrigação de integralidade nos grupos nos quais nos inserimos. Tendemos a nos aliar a nossos iguais. Essa contradição coabita conosco desde que simulamos essa forma de vida independente e apartada. O simulacro de individualidade que projetamos serve para que tenhamos a sensação de superioridade. Se não precisamos de ninguém, somos magnânimos. Se somos os melhores, lideramos. Outra vez o lapso egóico do líder. Para liderar, deve haver seguidores. Para comandar, devem existir comandados. Se estamos em uma tropa de um só homem,