Jeito Estúpido


Sim, isso é um pedido formal de desculpas.

Em idos tempos de mil novecentos e guaraná de rolha, um cara chamado Gonzaguinha escreveu uma música sobre a estupidez. Não essa comum, de gente que não sabe do mínimo o indispensável. Mas aquela que fala do jeito de tratar o alheio, quem se gosta. E esse jeito estúpido de ser é o meu jeito tão estúpido de ser e de dizer...

O mais engraçado (?!) é que sempre fui assim. Isso nunca me doeu antes (apesar de reclamações mil). Sou estúpida, sou grosseira. Essa sou eu e fique por perto só quem souber suportar. Convivi com homens rudes e aprendi a me comunicar com homens rudes. Sim, sou rude por natureza. Acredito que os mais atentos já tenham percebido que me expresso como um homem, e estúpido, vulgar, grosseiro! Coisa minha, meu eu.

Engraçado que isso nunca me incomodou (repito). Nunca, com ninguém... até hoje. Hoje, fui rude com alguém que é só delicadeza. Alguém que é só requinte, zelo, amabilidade. E vi o quanto consigo ser áspera. Não é intencional, é natural. I’m so sorry! Sério, me desculpe, não foi minha intenção ser tão eu mesma com você. Perdoe, por favor.

Não prometo não fazer de novo. Afinal, esse é o meu mais puro mim-eu-mesma (como diria Moa Sipirano). Um dia você se acostuma. Prometo, entretanto, melhorar meu disfarce de fêmea meiga e cordial (Sim, preciso melhorar muito isso!).

Mas, seu eu repetir alguma dessas agressões desmedidas, releve. Não é pessoal, não é proposital. Apenas eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser e de dizer coisas que podem magoar... mas é assim que eu sei te amar.

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