Cativa



Te quero de volta... É sério. Te quero de novo. Verdade!!! Te quero hoje mais que ontem, mais que antes... Basta que voltes a fixar-te diante de meus olhos parvos para que te queira novamente. Triste destino esse dos apaixonados. Quando achamos que estamos libertos, mas escravizados nos tornamos...

Cela fria de barras grossas é esse teu coração. Me prendeu para um sem par de penas, penitências... Sou cativa serena desse teu querer tão ausente. Sou prisioneira do teu olhar, de tua vontade. Sou detenta desse sentimento que não me deixas exorcizar... Sabes que é a verdade!

Cada vez que me afasto, voltas... cada vez que te renego, tu me sorris... e esse teu sorriso, menino, é tão cativante, tão agonizante, tão encarcerador... O cárcere de minh’alma é esse teu olhar, esse teu sorriso. Esse falar manso que tens ao meu ouvido... E sou tua cativa novamente...

Sempre serei tua. E sabes disso, te regozijas desse aprisionamento. Ai de mim, propriedade tua... Tu que não me queres. Que só me manténs na gaiola tal qual pássaro canoro, a gorjear ao teu mero comando. Mas é assim que me dou, anjo mau. É assim que me tens. Agrilhoada por teu amor.

Se me libertares, não sei para onde voarei. Nem mesmo sei se alçarei voo, pois que é de tua atenção que me alimento. Será que saberei voar sozinha? Será que saberei desbravar outros céus, outros seres, outros amores? Não, mil vezes não! Porque sou também a carcereira dessa gaiola de ouro. Porque meu amor por ti não me prende, só me dá motivos para ficar!

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