Vai e Vence
Tenta de outro jeito cometer teus
mesmos erros. Enroupa de outros panos os mesmos Iscariotes. A vida é repetição
doirada como pílula amarga que não se pode tragar sem purpurina. Sem enfeite. E
deleita-te no arcoirisar destas tuas sombras monótonas. Readquire brilho à pérola
fosca, opaca de tantos perderes...
Que esses perderes são quereres
que ainda queres. São sonhos tanto sonhados quando malfadados, tão vencidos que
só resta poeira. Mas a poeira, não esquece, se misturada com a lágrima, vira
barro. E do barro tu constrois teu alicerce, bem alto, em direção ao sol dos
conquistadores.
Reveste de veludo tudo que
queiras modificar, pois que a essência, essa é sempre a mesma. Nunca transmuta,
nunca se acaba. Tal qual pedra filosofal, ouro de tolo, quanto mais se busca,
mais distante parece. Mas, vê bem que é só ilusão do mundo querendo derrubar-te,
derrotar-te. Tudo que tu queres está, sim, a teu alcance. Estende a mão...
Vai sempre de cabeça erguida, de convicção
reta. Vai em frente, sempre. Desistir é para os fracos de espírito. Não és
assim, não és um dos fantoches. És real e rei/rainha de teu destino. Joga-te no
abismo. E não esquece da piscadela sedutora se ele – o abismo – seguir a te
encarar. Vai e toma o que é teu. Apenas porque é teu. De ninguém mais!
Se te parece perdida uma luta, se
a cor esmaece frente ao olhar, fecha teus olhos e deixa que a ausência das
cores se torne luz. É dessa luz que te alimentas, entende. Ergue-te e avança,
para sempre adiante, que o sonho é só teu e é multicor. E espera só por ti. Vai
e vence, pois que és invencível. Acredita. Eu sei!
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