Em primeira pessoa

Por vezes, a vida nos mostra mais do que estamos dispostos a ver. Em outras ocasiões, são sonoridade e vozes – discursos mil – que não estamos preparados para ouvir. Todavia, em algumas poucas vezes, essa mesma vida nos põe diante do que precisamos, do que necessitamos aprender.

Atente-se. Essa oportunidade pode se manifestar na forma de um amigo. Um mero desconhecido que se dispõe a ajustar tudo aquilo que está errado em você. Sim, eu sei, parece insano, parece incoerente. Acima de tudo, parece assustador. Meu conselho é: não tenha medo! Aproveite!

Eu (sim, falarei em primeira pessoa) tive o privilégio de cair nas graças de uma dessas pessoas que apenas sabem mais. Já tive ataques, já tive surtos, já briguei, já ofendi. Esse cara permaneceu quieto e firme, sabendo, talvez, que meu acesso de raiva era só isso, um acesso de raiva, de pânico. Que passaria. E passou.

Hoje, tão pouco tempo depois. Sei que estou em boas mãos, no bom caminho. Embora ainda (e sempre será assim) haja conflitos, sei que tenho por mim um mestre que me deu e dá e dará a chance de ser um “eu” melhor. Sempre melhor que antes.

A esse cara (sim, é uma pessoa como eu e você, com defeitos e virtudes – mais virtudes) eu me curvo e digo apenas: “Obrigada, meu amigo. Obrigada por não desistir de mim. Obrigada por acreditar que eu sou capaz. Eu preciso de sua experiência. Juntos, vamos longe."

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