Não sei o que faço
Não sei o que faço. Mas, faço tudo que posso. Nem sequer um
mínimo indicador para me dizer se estou indo para o lado certo. E, nem isso. O
que é certo e o que é errado, afinal? Esquerdo ou direito, bem ou mal, bom ou
mau. Miséria e riqueza. Virtude e pecado. Qual você escolheria?
Continuo sem saber o que faço. Por que faço. Para quê? Faço
o que faço por instinto e porque uma voz sem voz me diz “segue em frente sempre”!
Se essa voz está certa, saberemos um dia. Até lá, sim, seguirei firme e
tentando. Porque não sei desistir de nada. Vou ao fundo de qualquer coisa... jeito
triste esse de ser.
Sou assim, persistente, teimosa. Em 90% das vezes, quebro a
cara. Já estou acostumada a fracassar. O que não quer dizer que eu desista. Nunca!
Um fracasso é só uma próxima oportunidade para tentar diferente. Loucura? Até
que é! Mas, fazer o quê? Eu não compreendo a palavra derrota...
E sou assim em
tudo. Sou assim com projetos profissionais, novidades tecnológicas,
empreendimentos surreais. Sou assim também na vida, com quem eu amo. E se eu amo,
eu insisto. Se qualquer brecha me disser que tenho chance, o investimento é
fato. Desistir de um amor é desistir de si mesmo.
Claro que a margem de erro é grande – em todas as instâncias, eu admito –, mas eu já disse que sou teimosa. Sou orgânica, sou dinâmica, sou estranha!
Faço o que faço porque gosto. Mesmo que, na maioria das vezes, eu não saiba o
que faço. Apenas faço.
Como engendrar um novo romance. Como entrar de cabeça num
projeto cultural louco e sem qualquer chance de futuro (vai saber!). Como
investir cada momento do meu humor – parte boa – nesse homem que eu insisto em
chamar de ‘meu amor, meu anjo’.
Faço isso, invisto, insisto. Sei o que quero e como quero.
Embora, muitas vezes, não saiba o que faço. E se faço, é porque o instinto me
manda, me corrompe, e impele. Essa sou eu, explosiva, inconsequente, inadvertidamente
errante! E eu erro... e o clamor da vitória me redime. Tanto quanto o beijo
dele.... esparso e vez-em-quando... mas sempre aqui na minha boca!
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