Balsâmico

E ele era um deus... Eu não sei se grego, romano, sumério... não faz a menor diferença. O caso é que aquele homem era uma divindade! Lindo! Perfeito! Não, isso é pouco. Ele era o desfalecer de corações, o expiar de constâncias. Era algo indescritível. E, sim, existia, eu não o inventei!

A perfeição em forma humana. Alto, muito alto! Moreno, a pele de neve, com gosto e cheiro de leite (eu imagino)! Os olhos de um verde balsâmico, absurdo! O que mais dizer da evidente magnitude dessa forma cósmica transmutada em homem...? Lindo! Só isso!

Sim, eu sei quem é. Sim, eu sei o nome dele. E eu sei que é melhor nem chegar perto. Por quê? Porque essa criatura divina é mais do que qualquer mortal poderia pensar em dominar! Fabuloso, grande e aquele sorriso... Um sorrir que ilumina o mundo, que tem sabor de primavera.

Não sei se vi (ao vivo) beleza tão explícita. Não sei se presenciei sorrir tão cativante. Sei apenas que meus olhos se voltam a ele como metal ao ímã, como se fosse inevitável. E é! Homem-deus belíssimo, com esse par de olhos de esmeralda que me faz desmanchar... Quem me dera, moço... Quem me dera!

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