Por Uma Noite
Às vezes, tudo que falta é um corpo quente pra abraçar. Às vezes, tudo que falta é um aconchego. Feminismo, machismo, revanchismo, ismos demais. É quando a gente se vê só numa cama imensa e nem quer sexo, quer abraço! É! Abraço. Tem momentos em que um par de braços e o calor da pele batem todos os recordes de audiência. É tudo que se quer ver, se quer ter, só naquele instante. Só por uma noite, não ter de dormir sozinho. Quem me entende? Essa de famílias modernas, mães full time, gente avulsa... É legal, admito. Mas, chega aquela hora em que essa gente avulsa só quer ser conjugada, dupla, acoplada. Entende? Liberdade rima com solidão. Às vezes rima, sim. Vai lá ver! Nada contra essa nova ordem mundial que fez de mim o esteio da família, que fez de mim a âncora e o arado, a força, o paradigma social. Nada contra mesmo. Gosto de ser forte, dona do meu nariz, do meu caminho, do meu ninho. Mas... e sempre tem um “mas”... Também sinto falta de ser a diva, a camélia, a esposa, a namo