Primeira Derrota (IV)
Derrota é uma palavra forte. Todavia,
nenhuma outra há para substituí-la na situação. Esforço pelo ralo, peso na
consciência, sensação de perder a guerra... O interessante foi a plena sapiência
do cerne da questão. Sim, entendi antes de acontecer. E deixei acontecer por
pura experimentação científica. E eu estava certa...
A conclusão do experimento é que a NOSSA MENTE é nossa PIOR INIMIGA!!!!! Cuidado com ela!
Assim em maiúsculo mesmo... Só pra reforçar a afirmativa.
Quando se decide
mudar hábitos longos, por pequenos que sejam, há de se levar em conta a constância
desse hábito e suas repercussões mentais. Por exemplo, se você come um doce
toda noite antes de dormir, o doce cortado pode te fazer ter insônia e estragar
todo o dia seguinte. Por quê? Pelo simples fato de que a mente está acostumada
ao doce.
Experimente
tratar sua mente como uma entidade viva e separada, com vontade própria. Incrível
o que conseguimos descobrir sobre hábitos e fugas dessa maneira. Ainda no
exemplo do doce... comê-lo não faz você dormir, mas a falta dele faz algum
mecanismo-monstro acionar e não te deixa dormir nunca mais (ou assim parece).
Acredite, sempre
que decidir mudar, seu subconsciente vai sabotar você! Vai criar situações nas
quais você vai lembrar do doce, desejar o gosto, irritar-se tão facilmente que
qualquer percalço será uma avalanche. E tudo se acalmará com a simples visão do
doce ao alcance da mão... Atente, é pura sabotagem. A mente gosta de rotinas...
não importa quão mal elas façam a você.
Não. Isso não é
um prólogo de autoajuda. Nada tenho a ensinar, posto que fui tragada pelo
turbilhão mental da recaída no “hábito”. Prefiro chamar de vício. Prefiro
chamar de bengala. Ainda claudico sem ela. Ainda tenho de vencer a abstinência
das minhas drogas autoimpostas. Não sei se posso... mas, amanhã é sempre outro
dia...
Comentários
Adoro seus textos!!
Beijos