Minha Mãe - Parte 3
Estou pulando eventos, é claro. Isso não é um diário de mim. Falo de coisas marcantes e, por vezes, posso até me perder nas linhas do tempo... Lembro de meu avô Araby e sua capa de exército... lembro das rapaduras feitas no taxo por minha avó Rodhe. Os pastéis da Dadada... o pé de caqui no quintal (ou pátio, como a gente chama aqui no sul). Lembro do vô José e sua passividade contagiante. E lembro que eu fui a única a “tocar” aquele violino. Lembro da vó Adir... sem comentários sobre ela, só mais tarde. O que interessa é que fui crescendo num ambiente de brigas e rusgas. Aprendi a brigar bem! Ninguém me ganha numa discussão! Quando meus pais se separaram, pra mim foi normal, foi bom. Não tive traumas nem fiquei com sequelas... sou a típica filha de divorciados, independente e arredia. Nesse processo, duas pessoas cruzaram o meu caminho (eu tinha 6 anos). Duas figura muito distintas e com papéis incrivelmente diferentes. Vou parar aqui pra fazer um apontamento! A Madrasta!!