Mutante
Não, eu não vou desistir! Brado aos quatro ventos que desisto da desistência. Comodismo não me representa. Constância não me satisfaz. É preciso navegar outros mares sempre! É preciso continuar a sonhar. Mesmo que a vida jogue na minha cara todo o peso da realidade. Mesmo assim, ainda irei ousar! Se me deixar consolar pelo marasmo, não serei mais esta que tanto conheço. Se me deixar abater pelo conforto do não-agir, do sentar e observar a vida passar, morrerei antes de começar. Já estarei morta na ausência desse ímpeto de desbravar horizontes nunca antes explorados. Ouso seguir em frente! Ouso viver paixões, amar sem travas. Ouso as loucuras dos jovens, a indolência dos amantes. Ouso querer ainda um último beijo de veneno, uma última noite de fogo! Tenho em mim essa chama inextinguível do desejo de viver a plenitude de tudo. De tentar e tentar. Não quero a serenidade do amor calmo. Quero a vastidão de sentimentos! Prefiro gritar e sofrer e derramar lágrimas ácidas do q